ESTUDO BIBLICO-AS BEM AVENTURANÇAS


(Mt. 5.1-12)

(autor: desconhecido"a confirmar)

CONSIDERAÇÕES

A Bíblia é um livro. Ou melhor, um conjunto de livros reunidos num único volume. E, tais como quaisquer livros, é constituída de palavras, palavras escritas. Estáticas e absolutamente inúteis se não houver quem as leia, entenda, interprete.
Todos nós que nos declaramos "filhos de Deus" e herdeiros das promessas bíblicas, temos que ser teólogos. Estudiosos, conhecedores, assíduos leitores da Bíblia e ávidos consumidores de livros com temas bíblicos.
Precisamos ler e, principalmente entender o que está escrito na Bíblia. Aqui é que o caldo entorna... a encrenca começa... A Bíblia não foi escrita numa linguagem técnica, exata, científica. Foi escrita em linguagem poética. Daí porque pode ser interpretada de diversas formas, e sob diversos prismas e pontos de vista, e principalmente, de acordo com a intenção do intérprete...
Por obséquio, termine de ler o texto após a seguinte frase: o mais importante não é o que está escrito na Bíblia, mas sim o que Deus quer nos dizer através da Bíblia. É isto que Paulo quis dizer quando escreveu que "a letra mata, mas o espírito vivifica" (II Cor.3:6).
Dito isto podemos continuar.
Há uma grande parcela da população do mundo, e também da igreja, que entende que as bem-aventuranças são apenas um conjunto de "elevadas regras morais", cuja prática é altamente desejável. Isto é, que é bom o cristão se enquadrar nas bem-aventuranças. Fazendo-o será um bem-aventurado.
Contudo, esta não é a melhor interpretação. A Bíblia diz que as coisas espirituais se discernem espiritualmente (I Cor.2:14). Precisamos buscar o sentido espiritual das palavras que se encontram na Bíblia.
O que Jesus quis dizer com as bem-aventuranças? O que significa sermos mansos ou ter fome de justiça?
Nós que formos salvos, julgaremos os anjos que caíram (I Cor. 6:3). E precisamos adquirir as qualidades, as virtudes, o comportamento e a personalidade dos anjos. Precisamos nos adequar ao padrão de Deus descrito nas bem-aventuranças através do processo de santificação. Temos que ir a cada dia crescendo espiritualmente e nos aproximando da perfeição que Deus espera e exige de cada um de nós (Mt.5:48).
Assim, as bem-aventuranças deixam de ter o caráter de "regras morais desejáveis", e passam a ser a finalidade da santificação, o padrão divino da perfeição, e, por via de conseqüência, o objetivo do crente.

Sendo as bem-aventuranças o padrão da perfeição que Deus exige de nós, é de todo equivocada e condenável à atitude do cristão que diz se enquadrar nesta ou naquela bem-aventurança, com se não precisasse se enquadrar nas demais. Todas as bem-aventuranças precisam estar presentes na vida, no espírito, na conduta e no comportamento do cristão. Quanto mais distante o cristão estiver das bem-aventuranças, tanto mais distante vai estar da própria salvação. Daí porque, repita-se, é de extrema importância compreender exatamente o que Deus exige do cristão em cada uma das bem-aventuranças.
Você está disposto a atender o desafio de conhecer o quanto você pode estar próximo (ou distante) da própria salvação? Ou você prefere se esconder sob o manto da ignorância, para dizer para Deus que "não sabia" como as coisas são?
A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.
Para um estudo mais aprofundado, recomendo a leitura do livro "Estudos do Sermão do Monte", do Reverendo Martyn Lloydd Jones, da Igreja Anglicana, e proferidas na Catedral de Westminster na década da 30, e publicadas no Brasil pela Editora Fiel, uma vez que realmente os temas serão tratados com a superficialidade própria de uma única página destinada para tratar de cada bem-aventurança.

POBRES DE ESPÍRITO

Jesus disse que os pobres de espírito são bem-aventurados, porque deles é o reino de Deus.
Há uma boa parcela da população do mundo, e também da igreja, que pensa que esses "pobres de espírito" são os pobres no sentido material, os despossuídos, os miseráveis, aqueles que não têm o que vestir, onde morar ou como se alimentar de modo decente, dentro dos padrões mínimos de higiene e saúde. Aliás, em Lucas 6:20, não se encontra o complemento "de espírito", o que reforça essa tese, com a qual não podemos concordar. Se o reino de Deus é constituído de pobres (materialmente pobres), então metade (se não mais...) da população do mundo, faz parte do Reino de Deus. Eles não têm o que comer, ou com o que se vestir independentemente se são budistas, confucionistas, hinduístas, espíritas, e tantos outros credos religiosos. Aliás, por esta linha de pensamento, se houver ateu que seja pobre, roto, miserável, também gozará da salvação. Entende o que quero dizer?
Pobreza material não é sinônimo de santidade, de humildade, de generosidade, de honestidade, fidelidade e espiritualidade. Muito pelo contrário: os pobres, obrigados pela própria necessidade, não tem fidelidade nenhuma a Deus. SE um espírita, umbandista, budista ou hinduísta oferece comida a um pobre, ele pega.
Deste modo, a pobreza de que fala Jesus não pode ser essa pobreza material. Aliás, não raro, o pobre deixa de comer para fazer um jogo, uma aposta na esperança de ficarem ricos. O maior sonho dos pobres é ganhar na loteria e ficarem ricos.
Então, o que significa "pobreza de espírito"? O pobre de espírito é aquele despossuídos de orgulho, de egoísmo e de vaidade. O pobre de espírito é humilde. Humilde no sentido de não ser mais possível sentir humilhação.
Não é raro as pessoas chamarem os materialmente pobres de humildes. Com se a pobreza tornasse as pessoas humildes. Não! Não é este o sentido usado por Jesus. Uma pessoa humilde (no sentido de pobre de espírito) é aquela pessoa que tem plena consciência de sua total indignidade, de sua miséria e sua necessidade do perdão, e do amor de Deus. Não há nada que faça uma pessoa humilde sentir-se humilhada, porque a humilhação é um ataque, uma ofensa, um acinte ao orgulho das pessoas. Ora, se não houver orgulho na pessoa, não haverá nada que possa se atacado.

Entende porque Jesus foi humilhado mas não se sentiu humilhado (Fl.2:8)?
Orgulho é um sentimento de auto-suficiência. O orgulhoso se julga digno de honras e méritos. Julga-se infalível, invulnerável! Por isso não reconhece a suas necessidades, seus erros, que sempre tem uma explicação e uma justificativa. Os orgulhosos recusam a ajuda de outrem. Até mesmo a ajuda de Deus. Para os tais, é humilhante ter que aceitar a ajuda de outrem, por mínima que seja. Não acham que precisam aprender, mas que tem muito a dizer, a ensinar. Não acreditam que precisem ouvir, mas que tem muito a falar.
Os orgulhosos que não reconhecem que são miseráveis e necessitados da misericórdia de Deus jamais virão à igreja. Os orgulhosos que não se submetem à autoridade dos pastores e líderes constituídos na igreja, e não aceitam orientação e repreensão, não permanecem nela.
Nós estamos sendo preparados para sermos anjos, para ocupar o lugar que os anjos ocupavam. Aliás, mais do anjos, pois julgaremos os anjos que caíram (I Cor. 6:3). Gente orgulhosa não está preparada para se tornar um anjo. Quem reconhece que é orgulhoso, precisa reconhecer que precisa ainda mais da graça de Deus para se tornar humilde de espírito e acatar os conselhos, orientação e repreensão dos líderes da igreja. E não ver tais atos como rejeição, humilhação, ataques à sua honra e caráter pessoal.
Se algum dia você se sentiu humilhado, achincalhado por uma repreensão, então reconheça que não é humilde de espírito, e busque essa humildade. A cada dia que passa precisamos ir sendo santificados (transformados) pela ação do Espírito de Deus.

OS QUE CHORAM

À primeira vista, esta é uma colocação contraditória. "Bem-aventurados os que choram"? O choro não é uma coisa, normalmente agradável. No mais das vezes o choro não significa felicidade. As pessoas choram, comparativamente, muito mais de dor, tristeza, desespero, angústia e sofrimento de todas as matizes, do que de alegria, felicidade, contentamento.
Por que os que choram são bem-aventurados? Os que sofrem são bem-aventurados? Pragmaticamente falando, é melhor não chorar de sofrimento e não ser um bem-aventurado do que ser bem-aventurado e sofredor.
Aqui entra uma interpretação material, carnal, diabólica, enganada de que os que choram serão consolados por Jesus. Interpretação esta com a qual não podemos concordar. Jesus vai consolar os que choram de sofrimento? Mesmo que eles sejam ateus ou satanistas? Mesmo que façam parte de seitas enganadas, que ensinam o que é contrário à Bíblia? Não podemos aceitar essa interpretação. Caso assim seja, basta que soframos que seremos consolados. Mesmo que esse sofrimento seja apenas frutos de nossas más-ações. Mas... a maior parte da população do mundo não é feliz. E isto como conseqüência de suas más ações. São pessoas que mentem, roubam, traem, se aproveitam das situações e depois colhem os maus frutos de suas ações.
De se levar em consideração de uma grande parte da população de ateus no mundo, somente o é por causa do sofrimento. Tiveram seus lares destruídos, tiveram que se prostituir para conseguir comida, seus familiares foram violados, seviciados, torturados, mortos, esquartejados, suas casas foram destruídas. Diante de tudo isto, se perguntaram: por que Deus permite que essas coisas aconteçam? SE EXISTE um deus, porque permite que essas coisas aconteçam?
Sem respostas, inclusive dos cristãos, eles se revoltaram contra a existência de Deus. E passaram a negá-la. Recomendo que se leiam as mensagens "Deus por que me colocaste no mundo?" e "Deus não tinha o direito", que tratam das respostas a essas questões, que não são o objeto da presente.
Se esse choro de que falou Jesus não é o choro de dor e sofrimento, qual é esse choro?
Há duas situações no Novo Testamento nos quais se faz referência a um tipo especial de tristeza. Primeiro, em I Cor.7:10 - "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte". O pecado nos faz sofrer. Se cometemos um pecado, e sentimos tristeza por ter cometido um ato, sentido uma emoção que ofende, fere, entristece e magoa o coração e o Espírito de Deus, então seremos consolados. Mas a tristeza de quem não conhece e nem tem o espírito de Deus é uma coisa destrutiva. Entende?
Quem não sente tristeza, ou pesar, ou angústia por ter pecado é porque sua consciência já está cauterizada para o toque do Espírito de Deus (I Tim.4). Não acha que o pecado seja algo tããão grave assim. E "pecadinhos" podem ser cometidos.
O segundo choro está em Gálatas 4:19 - "Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós". O sofrimento de alguém que ama a obra de Deus, e se preocupa com a obra de Deus, e se angustia preocupado com aqueles que precisam da salvação de Deus.
Há alguns anos, com a graça de Deus, escrevi uma mensagem que tem por título "não por amor às almas". A obra de Deus nunca pode ser feita por amor às almas. Quem faz o obra de Deus por amor às almas acaba desistindo. Nós, seres humanos, somos ingratos, mesquinhos e egoístas demais para sermos amados.

A Obra de Deus precisa ser feita por amor a Deus. Pior: ainda temos que amar essas pessoas com seus defeitos e suas vicissitudes... e chorar quando elas estão sofrendo. Como Paulo, que conheceu a glória de Deus, fez pelos cristãos da Galácia. E não desistir delas.

OS MANSOS

O que é ser manso? Como é essa mansidão de que Jesus falou?
A palavra "manso" tem vários sentidos e significações que precisam ser compreendidos, para que não caiamos no engano e venhamos a nos desviar do caminho de Deus. Entre os vários significados, temos: pessoa tranqüila, calma e sossegada; pessoa oportunista, aproveitadora; e, em decorrência de um quadro de um programa humorístico: homem traído pela esposa, e não sabe, não percebe, ou não quer ver.

Esses significados são humanos, antropocêntricos, seculares, e não servem para a interpretação das sagradas Escrituras. Como já se colocou nas introduções das presentes, a Bíblia precisa ser espiritualmente interpretada. Se formos seguir a interpretação literal da palavra manso, todas as pessoas tranqüilas, calmas e sossegadas herdarão a terra, independentemente de sua fé, de sua comunhão com Deus, da aceitação do sacrifício de Jesus na Cruz. O que não tem o menor cabimento.
Assim, outra conclusão não podemos ter senão que a palavra "manso" aqui no Sermão do monte TEM que ter outro significado.
Eu entendo que ser manso, de acordo com a melhor interprestação bíblica, é ser como Moisés, o filho de Joquebede (Num.12:3). Ele era manso. E precisava sê-lo para poder ser condutor e dirigente de uma multidão de aproximadamente dois milhões de pessoas.
Diversos versículos na Bíblia tratam da necessidade de sermos mansos, e agirmos com mansidão (Gal.6:1, Ef.4:2, Col.3:12, I Tim.6:11, etc). Mansidão é fruto do Espírito (Gal.5:23).
Quem não tem essa mansidão fica nervoso, irritado, exasperado, desesperado, irado, frustrado por quase nada. Às vezes por nada. Nossas reações dependem do valor que damos ao que temos. Quanto mais valor damos ao que temos, maior será o sofrimento quando ela for atacada, riscada, desprezada, pisoteada, roubada, destruída. Entende?
O nosso sofrimento é proporcional ao valor que damos às coisas que temos (e perdemos). Não sei se o(a) amado(a) leitor(a) já percebeu isso. De se ver que seremos tanto mais mansos quanto menos valor dermos às coisas terrenas.
Quem não consegue conter sua raiva, sua dor, sua frustração, explode em palavrões, atitudes obscenas e destrutivas quando algo dá errado, quando suas expectativas não se concretizam, ou quando é atacado ou rejeitado. Mas não basta conter a raiva, porque alguns, por uma questão de pragmatismo, conseguem recolher esses sentimentos, deixando transparecer uma atitude de aparente calma, mas em seu interior a raiva vai apodrecendo seus órgãos internos. Eles preferem segurar sua raiva, a deixar que ela lhe dê algum prejuízo moral ou financeiro. Isso não é mansidão no sentido bíblico. Não basta aparentar tranqüilidade, calma e serenidade e trazer o inferno em chamas dentro da própria alma.
A Palavra de Deus, repita-se, é espiritual e deve ser espiritualmente interpretada. Essa mansidão de que a fala a Bíblia, tem o sentido de INABALÁVEL. Fé inabalável. Por isso que Jó, no auge de sua dor, bradou: "eu sei que meu redentor vive, e por fim se levantará sobre a Terra!" (Jó 19:25). Essa é a fé que fez com que Paulo e Silas cantassem hinos de louvor a Deus nas masmorras da cidade de Filipos (Atos 16). Importante deixar claro que é o Espírito de Deus que nos torna mansos.Quem não tem esta mansidão de que fala a Bíblia, age de modo vingativo, e não consegue permanecer em seus propósitos. Desiste diante das adversidades.
Quem tem uma fé inabalável é firme como o monte Sião (Salmo 125) que não se abala. Quem tem essa mansidão bíblica não se abala com o desprezo, incredulidade, incompreensão, chacotas, maledicências de outrem. Cada é responsável e será responsabilizado pelo faz ou deixa de fazer. Não importa o que as pessoas digam ou façam. Mais importa o que Deus dirá de nós.

SEDE E FOME DE JUSTIÇA

Sede e fome de Justiça é uma situação comum entre os povos da terra. Todos tem sede e fome de justiça. Eles sentem-se injustiçados pela política do governo, pelos parentes, pelo juizes, e, também pelo próprio Deus.
Gente que teve sua família torturada, seviciada, violentada, morta, clama por justiça, que os culpados sejam castigados.
Se formos ver as pessoas que estão nas prisões, quase todos eles creditam suas penas a um erro judicial, a uma armação de inimigos, ou qualquer coisa que o valha. Eles declaram a própria inocência a plenos pulmões.
Freqüentemente meus filhos se voltam para mim e dizem: "isso não é justo!".
A Justiça tem valor subjetivo, e, quase sempre, se confunde com a vingança. Mas isso é pano para outra manga.
A quase totalidade da população do mundo tem fome e sede de Justiça. Eles serão fartos? Deus fará castigar os seus algozes? Aqueles que humilharam, exploraram, mataram, seviciaram, torturaram, violentaram seus familiares e amigos sofrerão as conseqüências de seus atos? E à vista de suas vítimas? Deus fará isto? De acordo com a própria Bíblia (Rom.12:19 e Heb.10:30), parece que isso irá acontecer... mas não é sobre isto que quero discorrer, e sim sobre o significado de sede e fome de justiça, de acordo com a ótica bíblica.
Todos nós, em maior ou menor grau, com ou sem razão e fundamentos, nos achamos injustiçados. Que o mundo não é justo desde o início não é novidade pra ninguém. Numa outra mensagem (se teus olhos forem bons...) eu comento como nós vemos o mundo. E a forma como vemos o mundo depende do que somos, de onde estamos, e das circunstâncias como os fatos ocorrem. Por que estou falando tudo isto? Porque nós sempre vamos nos sentir injustiçados. Como meus filhos. Por mais que queiramos fazer justiça, eles sempre vão se sentir injustiçados, porque a nossa perversidade faz com que todos nós vejamos tudo o que nos é adverso como injusto. Por mais justo que seja. É o que ocorre com os que estão nas prisões. Eles se sentem injustiçados, por pior que seja o crime que tenham praticado. A quase totalidade das sentenças judiciais é considerada injusta pelos que por ela são prejudicados... Raramente (e põe raro nisso!) uma sentença judicial satisfaz ambas as partes litigantes.

Não há como gente imperfeita fazer a justiça. A justiça humana é imperfeita porque os seres humanos são imperfeitos. Daí porque essa Justiça de que fala a Bíblia não pode ser a justiça terrena, humana e
secular.Se essa justiça não é a justiça humana, de que Justiça Jesus estaria falando? Da Justiça do Reino de Deus. Quem tem sede e fome da Justiça do Reino de Deus será farto. E qual é a Justiça do Reino de Deus? Ela está descrita em Jeremias 23:5-6. A Justiça de Deus se cumpriu em Jesus Cristo. É o que está escrito em Salmos 85:10.
Maravilhoso como os diversos versículos da bíblia, escritos por pessoas diferentes, em épocas diferentes se fecham num mosaico profundo e glorioso.
Nós, todos nós, temos que ter sede e fome da Justiça do Reino de Deus, de Jesus. Temos que ter o desejo profundo de estar em sua presença, ouvi-lO, aprender com Ele.
Reconheça-se que uma mensagem prostituída do Evangelho tem tomado nossas igrejas, fazendo com que seus participantes pensem que ela (a igreja) é mais ou menos uma caixinha de Pandora, de onde se pudesse tirar tudo o que desejamos, almejamos, precisamos, necessitamos...
A Bíblia diz que tudo que está no mundo é superficial e passageiro (Rm.8:24). Por isso devemos esperar no que não se vê. Temos que buscar primeiro o Reino de Deus, depois, a sua Justiça. Então, TODAS as demais coisas nos serão acrescentadas (Mt.6:33).
O(a) amado(a) leitor(a) tem buscado o Reino de Deus e a sua Justiça tanto quanto busca o que sacia a sede e mitiga a fome? Então encontrará Jesus.

SEDE E FOME DE JUSTIÇA 1

Gostaria, de abusar mais um pouquinho da paciência do(a) amado(a) , e mais algumas considerações sobre a sede e a fome de Justiça.
Se perguntarmos para os freqüentadores dos cultos das igrejas se elas tem tido sede e fome de justiça, elas invariavelmente vão responder que sim. Contudo, na maior parte dos casos, seus atos hão de trair suas palavras.
Como podemos saber se estamos tendo ou não fome e sede de Justiça? O que faz uma pessoa que tem sede e fome de Justiça? Quais são os... os... "sintomas", vamos assim dizer, de uma pessoa que tem sede e fome de justiça? E por que eu estou dizendo que a maior parte dos que estão em nossas igrejas não tem tido sede e fome de justiça?
Uma vez eu assisti um filme sobre um casal que tinha um filho que tinha uma deficiência genética. E esse casal percorreu o mundo em busca da cura para seu filho. O nome do filme era "o óleo de Lorenzo". Lorenzo era o nome do menino. Estava condenado a morrer antes que completasse 10 anos de idade. Esse casal leu tudo que encontrava sobre a doença. Tornaram-se especialistas no assunto. Buscaram a cura em todas as partes do mundo. Buscaram médicos, cirurgiões, químicos, engenheiros. Conversaram com todas as pessoas que poderiam dar alguma pista do que poderiam fazer para salvar a vida do filho. Participaram de palestras, simpósios e encontros que tinham a doença do filho como tema. Eles estavam buscando a cura para o filho.
Não sei se o(a) amado(a) leitor(a) já teve a oportunidade de passar ou conhecer alguém que passou pela experiência de ter uma doença terminal ou muito dolorosa em si, ou em alguém da família. É que pessoas que têm câncer, ou outra doença dolorosa ou mortal, como a talassemia, buscam conhecer tudo sobre a doença. Tornam-se pesquisadores natos e incansáveis da matéria. Essa é a sede e a fome que o cristão deve ter da Justiça de Deus.
Uma vez eu estava ministrando à igreja e perguntei a uma irmã gordinha se ela seria capaz de andar 10 km a pé para comer uma barra de chocolate. Ela responde que "achava que não". "E se estivesse há três dias sem comer?", repliquei. Aí ela responde que iria sim.

Entende a diferença?
Quem tem fome e fome faz o que está ao seu alcance (ou até fora dele) para saciar-se. Mas quem não está com muita fome ou muita sede, não faz muita força para encontrar comida ou água.
Assim, por mais que os membros de nossas congregações alardeiem aos quatro ventos que estão com sede e fome de Justiça, se não fazem muita força para freqüentar os cultos, principalmente os de ensino e oração, seus atos estão a lhe trair as palavras.

É com uma infeliz e ingrata surpresa que ficamos sabendo como os cultos de oração têm sido cancelados por falta de freqüência... É com uma infeliz e ingrata surpresa que ficamos sabendo que as classes da Escola Bíblica estão sendo fechadas por falta de alunos.
Não basta dizer, proclamar em alto e bom som que estão com sede e fome de justiça, se não se esforçam por freqüentar a igreja, senão aos domingos. E nem tanto assim, uma dor na cabeça, uma dor no dente, uma chuva são suficientes para justificar a sua ausência aos cultos. Para alguns poucos (assim quero crer) um jogo de final de campeonato, ou uma atração especial na TV são suficientes para impedir seu comparecimento à igreja...
Que raios de fome e sede de Justiça é essa que faz tais sedentos e famintos buscarem água e comida uma vez por semana? E ainda assim, se não tiverem algo melhor para fazerem...
Tu não me invocaste a mim, ó Jacó; mas te cansaste de mim, ó Israel. Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te fiz servir com ofertas, nem te fatiguei com incenso. Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste (Isaias 43:22-24)

MISERICORDIOSOS

A misericórdia foi o objeto de uma mensagem escrita há vários anos, e, posteriormente, dividida em várias pequenas mensagens de uma página. O presente texto é um resumo delas.

Nós vivemos num mundo mau, num mundo onde há choro e ranger de dentes. Um mundo onde não devemos ajuntar tesouros porque a traça e a ferrugem corroem e ladrões minam e roubam (Mt.6:19-20). A Igreja deve ser um lugar onde o mundo não deve ter influência. Uma ilha num oceano de lama e perdição.
Jesus Cristo disse, a certa altura de seu ministério, que o que elevado perante os homens é abominação perante Deus (Lc.16:15). As coisas que os seres humanos enaltecem, as coisas que os seres humanos buscam, são coisas que desagradam a Deus. Os valores que os membros da sociedade corrompida em que vivemos tem, são valores totalmente contrários ao agrado de Deus. Nestes moldes, o mundo em que vivemos é um mundo que não tem lugar para misericórdia. O discurso de Jesus Cristo acerca da misericórdia é desprezado pelos executivos das grandes empresas(CEO's). Ter misericórdia dos amigos, e, principalmente dos inimigos, é dar-lhes uma vantagem muito grande, é correr o risco de serem engolidos. A competitividade entre as pessoas do mundo é muito grande. Uma competitividade que muitas vezes, e com pesar, vemos entre os irmãos da Igreja de Jesus Cristo.
O que é misericórdia? Ela não se confunde com piedade. Nós temos piedade de quem merece a nossa piedade. Por isto temos piedade das crianças que padecem fome, das pessoas que não tem teto ou abrigo, ou de quem sofre sem merecer tanto sofrimento.
A misericórdia surge quando temos piedade de quem merece nada de nós. Temos misericórdia de quem não merece a nossa piedade. Como os ladrões, os violentadores, os ríspidos, os arrogantes, os prepotentes, e aqueles que nos fizeram, ou nos fazem, tantas maldades, tanto mal. Os nossos inimigos de uma forma geral. A Bíblia diz que pode ser que pelo bom e pelo justo, alguém se disponha a morrer, mas jamais encontraremos alguém que se disponha a morrer por quem seja mau e perverso (Rm.5:7-8). E Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Nós não merecemos a piedade de Deus. Mas Deus não nos trata de acordo com o nosso merecimento. Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó (Sl.103:14).

Diante de Deus, somos nada. Somos menos que nada. Mas para Ele, somos a menina de seus olhos (Salmos 17:8; Zc.2:8). Somos muito valiosos para Deus. Tão valiosos a ponto de sermos objeto de um sacrifício, de uma libação pelo pecado tal grande e precioso como foi o do sangue de Cristo (I Pe.1:18).
Houve um homem na Bíblia que não compreendeu a intenção de Deus acerca do perdão. Um homem que devia uma grande soma em dinheiro a outro, e foi perdoada a sua dívida. Quando esse homem encontrou seu companheiro que lhe devia uma ninharia, agarrou-lhe pelo pescoço, e ameaçou-lhe com a prisão e com venda de sua família como escravos para cobrar-lhe a dívida. Os outros vendo isto, comunicaram o fato ao primeiro credor, que mandou que o buscassem, e o encerrou na prisão (Mt.18:23-35).
Por mais engraçado que possa parecer, freqüentemente nós fazemos a mesma coisa. Praticamos o mesmo ato sem nos darmos conta. Queremos as bênçãos, o perdão, a glória e o Poder de Deus, mas não queremos dar aos outros o que queremos receber de Deus. Que pecado teu irmão cometeu contra ti, que maior pecado não tenhas cometido contra o Senhor nosso Deus?
"Com a mesma medida com a qual medirdes, se vos medirão também. Boa medida, recalcada, sacudida e trasbordante se vos deitarão em vossos regaços" (Lc.6:38).
"Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt.5:7).

LIMPOS DE CORAÇÃO

O principal obstáculo que encontramos quando estamos a explicar sobre o assunto é a incredulidade dos amados(as) leitores(as). A maioria absoluta concorda que é apenas um IDEAL, mas não algo que seja algo praticável. Algo que esteja ao alcance do ser humano ou exigível por Deus.
Os que têm corações limpos SÃO bem-aventurados. Eles verão a Deus (Mt.5:8). Isto significa que aqueles que têm corações sujos não verão a Deus. É uma conclusão inescusável, incontornável. O que reforça nosso pensamento de que os que não se enquadrarem nas exigências das bem-aventuranças não têm como participarem das bodas do Cordeiro, e que, por isso mesmo, cada cristão precisa buscar, procurar, lutar, fazer o que for preciso para que essas características divinas estejam, façam parte de sua personalidade.
O que é esse coração de que fala a Bíblia? Como é essa pureza de coração que Deus exige? Como se consegue esse coração?
Já tive a honrosa oportunidade de explicar que o ser humano é conduzido principalmente por sua mente e seu coração. Mais pelo coração do que pela mente. E por coração entendemos o conjunto de valores, emoções e aspirações de uma pessoa. Sua personalidade, enfim. O medo, o orgulho, o ódio, a alegria, a frustração, o desejo, a raiva, o aborrecimento, a dor, a humildade, os traumas são valores emocionais. Normalmente nós agimos mais pela a nossa VONTADE, e não de acordo com nossos VALORES. É a contradição de que Paulo fala em Rm 7:14-23.
Assim, fica mais fácil entender porque a bíblia fala tanto de coração. O coração é o centro de nossa VONTADE. Sendo o coração puro, todas as atitudes também o serão. Jesus disse que é do CORAÇÃO que procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt.15:19).
Recentemente se tem alastrado a tese de que o AMBIENTE é que determina o comportamento de uma pessoa. O que não corresponde à realidade dos fatos. Adão e Eva estavam no ambiente mais puro, e mesmo assim pecaram. Não é o ambiente que faz ou deixa de fazer uma pessoa feliz. E sim, a pessoa em si mesma. Em Fl.4:22 há uma saudação especial enviada por quem vivia num ambiente de mais ampla promiscuidade: o palácio do Imperador de Roma. O ambiente é IMPORTANTE, mas não CRUCIAL, FUNDAMENTAL para manter um coração puro e limpo.
Como é essa pureza? Como saber se nosso coração é puro como Deus quer e requer?
A Bíblia diz que são pelos frutos (obras) e não pelas folhas (discurso) que se conhecem as pessoas. Em Mt.15:19, Jesus já colocou algumas coisas que demonstram impureza, sujeira, malignidade. Em Gal.5:19-21 encontramos as outras características da imundícia que contamina nossa alma, e, por isso mesmo, precisam ser arrancadas, extirpadas de nossa alma. Para isso precisamos dos pecadores que são co-participantes da Igreja de Cristo que nos digam em que estamos pecando para que possamos consertar. Aos nossos próprios olhos, sempre vamos nos ver como irrepreensíveis e santos, porque nossos olhos são voltados para fora, e não para dentro. E, assim, vemos os erros e defeitos dos outros, e não os nossos próprios erros e defeitos. Precisamos que elas nos digam quais são os nossos erros e defeitos (Rm.15:14; Cl.3:16; I Ts.5:11; Hb.3:13), e não fazer como os tolos, que rejeitam a repreensão (Pv.9:8; 12:1; 15:10, etc).
Por fim, como conseguimos um coração puro? Com o lento, gradual e doloroso processo de santificação. Nós fomos formados numa fôrma defeituosa chamada "pecado". Não há como recuperar, aproveitar nossa alma. Precisamos de uma NOVA alma, de um NOVO espírito. Precisamos que o Espírito Santo de Deus nos transforme. Precisamos nascer de novo, e crescer espiritualmente.
O Santo e Puro Espírito de Deus está, a cada dia, limpando o teu coração pecador?

PACIFICADORES

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" (Mt.5:9). O que é ser pacificador? O que é um pacificador? "Pacificador" não tem o mesmo sentido de "pacifista" ou "pacífico". Não basta ter uma vida tranqüila e sossegada e não se meter em encrencas para sermos chamados de pacificadores e filhos de Deus.
A realidade dos últimos acontecimentos tem mostrado e provado que a paz é um sonho distante do ser humano porque, paradoxalmente, ele é guerreiro, belicoso, encrenqueiro, destrutivo. Todos nós temos uma guerra sendo travada dentro de nossos corações. Enquanto que de um lado desejamos, almejamos, ansiamos pela paz, por outro lado somos incapazes de perdoar nossos inimigos (e amigos), e nos desfazermos das mágoas, ofensas, frustrações e desapontamentos comuns na nossa vida. E, assim, temos prazer em afligir, ferir, magoar, fazer sofrer, causar dor e constrangimentos aos inimigos e desafetos. Todos nós somos vingativos.
Como ter paz, como viver em paz, nestas condições? De um lado, o desejo de paz, e de outro, o desejo de extravasar nossa raiva e fazer a guerra, causar dor e aflição.
O problema está em nossas raízes, na fôrma defeituosa pelo pecado no qual todos fomos formados. As guerras nada mais são do que reflexos, exteriorizações da guerra travada no coração, alma e espírito de todos nós. Somos um poço de contradições, e estamos em guerra conosco mesmo.
Essa dicotomia do ser humano já rendeu, inclusive, um romance muito: "o médico e o monstro". O Dr.Jhekill (ou coisa parecida), bebe uma poção que faz aflorar a sua maldade, e que não é mais contida pela sua "parte boa". Em Romanos 7, o Apóstolo Paulo também fala dessa contradição.
Como controlar, subjugar, dominar ou mesmo extirpar essa nossa natureza má, perversa e decaída? A paz é um sonho impossível para o ser humano enquanto essa natureza má, perversa, medrosa e egoísta estiver dominando-o, dirigindo seus atos, controlando suas ações.
A resposta a esta pergunta reforça nossa tese de que as bem-aventuranças de Mateus 5 são o padrão da perfeição de Deus, que é exigido de cada um que se diz cristão e filho de Deus.
O(a) amado(a) leitor(a) pode até discordar de minhas colocações. É um direito que tem. Mas isso não tem o condão de alterar minhas conclusões: o homem jamais vai encontrar a paz por si próprio. Jamais vamos conseguir vencer nossa natureza má, perversa e decaída. É uma batalha perdida. O ser humano é carnal e vendido sob a ESCRAVIDÃO do pecado. Miseráveis seres que somos, quem poderá nos livrar do cadáver putrefato (Rm.8:24) que está atrelado, amarrado, grudado à alma, ao coração de cada um de nós?
Somente Jesus Cristo, permitindo que o Santo Espírito de Deus nos encha, preencha e domine, subjugue nossa carnalidade. Daí porque quando perguntaram a Jesus quem poderia ser salvo, Jesus foi enfático, taxativo, indubitável: a salvação (e também a paz) é impossível aos homens (Mc.10:26-27).
Os únicos legítimos construtores, guerreiros da paz são aqueles que se deixam dominar pelo Santo espírito de Deus e podem ter a graça de perdoar os ofensores, e amar os inimigos, e orar pelos que os perseguem, por ter dominada e transformada a sua essência má, perversa, egoísta e gananciosa... e serem cheios de amor, perdão e paz.
Nós somos incapazes de vencer nossa natureza má, perversa, decaída. Mas para Deus, todas as coisas são possíveis, e a paz é possível a quem é cheio, dominado, transformado pela Graça e pelo Espírito Santo de Deus.
O(a) amado(a) leitor(a) tem sido cheio e transbordante do Santo espírito de Deus, e se tornado um pacificador, um filho de Deus promotor, construtor da paz?

OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA

"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós" (Mt.5:10-12).
Atualmente tem se tornado comum nas igrejas uma mensagem prostituída do Evangelho que tem disseminado a idéia de que a vida do cristão é um mar de rosas sem espinhos. Se isso fosse verdade, Paulo não foi um bem-aventurado, pois passou os últimos dias de sua vida preso. E nem foram bem-aventurados os cristãos do primeiro século pois tiveram suas casas invadidas, seus filhos transformados em escravos, seus bens confiscados, e eles próprios transformados em comida para leões e ursos ou espetáculo em exercício para os gladiadores romanos.
A Bíblia diz em Atos 14:22 - "que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus". Em II Tm.3:12 - "E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições".
A seara é extensa e o assunto não pode ser esgotado com poucas palavras como as que se vêem na presente. Assim, pretendo delimitar o texto em duas situações: o motivo das perseguições e a sua qualidade.
Por que os cristãos são perseguidos? Por vários motivos. Entre os quais podemos citar: a) a perseguição diabólica; b) o incômodo da luz de Cristo; e c) os erros cometidos pelos cristãos.

A Bíblia diz que há uma guerra entre a carne e o espírito. E que o Diabo, nosso inimigo, anda em derredor, urrando como um leão faminto. E ele incita aqueles que lhe pertencem a perseguir os cristãos. Cria intrigas, mal-entendidos, rixas e motivos para que os cristãos sejam mal-vistos, e, assim, perseguidos.
Outro motivo é a própria luz que o cristão deve emanar de si. Essa luz incomoda aqueles que estão nas trevas. Eles sentem-se diminuídos, achincalhados pelo sorriso e pela paz que reina no coração dos verdadeiros cristãos. Os seres humanos são perversos de natureza, e querem distribuir e repartir a dor e a agonia do pecado que lhes alfineta o coração. A Bíblia diz que não somos deste mundo, assim como Jesus não o era (Jo.17:14). A inveja faz com que os infelizes sintam-se incomodados, tocados, humilhados pela felicidade de quem vive e convive com Cristo. Faz com que estas pessoas vejam os cristãos lavados e remidos que externam essa felicidade em forma de alegria e harmonia como inimigos, como metidos, falsos e hipócritas, que devem ser combatidos, desmascarados.

Quem está nas trevas não vê a sujeira a imundícia de suas roupas. A luz denuncia esses trapos e essa imundícia. A luz do cristão denuncia esse estado miserável de quem não tem a purificação que somente o Sangue de Cristo pode proporcionar. Esse é o motivo pelo qual os perversos habitantes deste mundo perseguem os cristãos. Querem enaltecer a própria justiça tentando demonstrar que a Justiça do Cristão é falsa. Como não conseguem se elevar ao nível dos cristãos, querem trazer os cristãos para baixo, para o nível onde se encontram. Entende o que quero dizer?
Se a perseguição que o(a) cristão(ã) amado(a) leitor(a) sofre é por esses motivos, então se enquadra nos versículos ora em estudo.
Mas existe também a perseguição que o mundo faz a qualquer pilantra, a qualquer hipócrita, a qualquer criminoso. É a colocação encontrada em I Ped. 4:14-16. Não adianta o cristão fazer o que é errado e ser execrado pelos seus pecados. Isso não traz nenhuma glória, nenhum galardão.
Gente que mente, rouba, é ríspida, intolerante, hipócrita e tudo o mais de ruim que possa haver sempre serão discriminados, execrados e condenados. Não importa se estão na igreja ou não.



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